domingo, 11 de julho de 2010

Esboço para pregação - A FONTE DA OBEDIÊNCIA - Mateus 21.28-32

Leitura complementar: Salmo 92

Em cada culto dominical, nós costumamos confessar o Credo Apostólico: Creio em Deus Pai. Creio em Jesus Cristo. Creio no Espírito Santo. Que significa "Crer em Deus"? É achar ou admitir que Deus existe? Isso seria pouco. Na Epístola de Tiago vem escrito que até os demônios crêem na existência de Deus, e tremem! Então que será? Será acreditar no que Deus diz, achar que sua palavra é verdadeira? Isso já seria mais. Muito mais, até. Mas ainda não é tudo. Fé em Deus, conforme a Escritura Sagrada é confiança em Deus. É amor a Deus. E é obediência a Deus!

Veja o exemplo de seus pais terrestres: você pode perfeitamente "crer" que eles existem e mesmo que eles falam a verdade para você. E, apesar disto, poderá estar de mal com eles, poderá ignorá-los e até odiá-los. "Crer", assim, não está somente relacionado com nossa cabeça. Está relacionado muito mais com nosso coração, com o centro de nossa pessoa, com o "lugar" onde os nossos pensamentos têm a sua raiz, onde nascem nossas decisões, onde rejeitamos ou aceitamos, odiamos ou amamos. Crer está relacionado com a nossa relação pessoal com Deus, com nossa obediência, com nossa submissão à Sua vontade. Se não estiver, não será fé. Será, talvez, uma teoria. Ou um palpite. Será "conversa fiada", como diz o povo.

"Um homem tinha dois filhos. Chegando ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, Senhor; porém não foi." Será importante que note¬mos: trata-se de um pai que fala ao seu filho. Não é um patrão que se dirige a um empregado. Não é um rico fazendeiro que manda um bóia-fria capinar a lavoura dele. O pai envia o filho a trabalhar na vinha, isto é, na lavoura que é a própria herança dele. Que oportunidade para o filho mostrar que ele ama o pai, que o compreende, que gosta de fazer aquele serviço no parreiral que o pai plantou para si e para seus filhos! A lógica das coisas é tão clara que será difícil imaginar que o filho possa dizer "não". E ele mesmo não diz. Pelo contrário: diz de forma inconfundível: "Sim, Senhor." Mas diz, e depois não vai. Diz e não faz.


Que foi que houve com aquele filho? Será que era muito fraco para trabalhar? Será que estava doente? Achamos que não, porque neste caso o pai não o teria mandado trabalhar. Deus não pede coisas impossíveis de nós. Que terá sido então? Eu vou dizer o que foi: foi falta de fé, nada mais e nada menos.

Talvez você fique surpreendido. Falta de fé? Por quê? Não foi antes falta de obediência? Pois aí está. A falta de obediência é o lado externo das coisas. A falta de fé é o lado interno. Assim, Jesus, ao fim de sua parábola, fala três vezes de fé, apontando a raiz dos males de seus ouvintes: João Batista pregou o caminho da justiça, e eles não acreditaram nele, enquanto que publicanos e meretrizes creram; eles, porém, mesmo vendo isso, não se arrependeram para crer nele.

E agora a parábola de Jesus já está mexendo conosco, como deve ter mexido com os ouvintes de então (os filhos de Israel, que haviam dito "sim" a Deus e que depois ignoraram ou rejeitaram Jesus). "Creio em Deus Pai." "Aleluia." "Amém." "Sim, com o auxílio de Deus." Você está lembrado? E lembra-se do significado da palavra "amém"? Ela significa: assim seja. Foi isso mesmo que o primeiro filho de nossa parábola disse ao seu pai. Amém, assim seja! Mas este seu "amém" não mudou em nada os seus planos. Ele disse só para dizer. Suas palavras eram que nem motor trabalhando em ponto morto. Ele nem tentou engrenar para a primeira, para pôr o carro em movimento.

Estamos notando esta coisa realmente assustadora? Uma pessoa, um filho, um cristão, poderá cantar aleluia e hosana na igreja, poderá orar no grupo de estudos bíblicos, poderá cantar canções de glória e de louvor no coro da igreja, poderá ter até a boca cheia de palavras da Bíblia e, contudo, poderá voltar as costa a Deus, deixando de fazer a vontade de seu Criador e Salvador. Será que ele apenas tem a fé, e que só lhe faltam as obras? Uma falta, uma falha perdoável, então? Não. Ele não tem as obras porque lhe falta a fé.

Temos dito há pouco que a falta de obediência é o lado externo das coisas, que a falta de fé é o lado interno. Não poderá ser outra coisa. Uma fé sem consequências, uma fé que não muda nada, que fé será essa? Será uma coisa desprezível, oca e vazia. E não admira que os chamados descrentes tantas vezes apontem o dedo para os cristãos, clamando contra a sua covardia, sua falta de amor, sua indiferença, sua preguiça! Deus nos guarde de uma fé sem consequências, de uma fé divorciada da obediência. Ela não leva à vinha do Senhor, e ela não leva ao Reino da glória.

E o segundo filho: ele recebe o mesmo convite. E diz "não". Diz que não vai. Um filho revoltado que, com a maior "cara de pau", lança no rosto do pai o que está por dentro dele. Ele não tenta esconder sua revolta. Diz que não vai e vira as costas ao pai.

É muito significativo que na Bíblia nos vão sendo descritas muitas pessoas parecidas com este filho revoltado. Moisés foi uma delas. Ele disse a Deus: Eu tenho uma língua pesada. Manda ao Egito quem quiseres - não a mim. Jeremias foi outra. Ele alegou que era muito moço para assumir a tarefa que Deus lhe queria dar. O apóstolo Paulo não só deixou de ir à vinha, mas ele foi arrancando as parreiras, foi perseguindo os cristãos. Assim, parece que a resistência do coração humano ao convite de Deus é uma coisa bem normal. Parece que nossa natureza humana é revoltada desde sua origem. Desde a "revolta original" descrita em Gênesis 3. Não adianta esconder este fato. Também não adianta fazer de conta e engolir a revolta. Revolta engolida é a pior das revoltas. É até um dos maiores problemas das comunidades cristãs: que as pessoas vão engolindo sua revolta, em vez de dizerem claramente o que pensam.

E agora preciso chamar sua atenção para uma coisa muito estranha. Estranha e felicitante. Deus não acaba com o filho revoltado e desobediente. Muitas vezes, na história da igreja cristã, Deus provou o seu poder, transformando servos revoltados em filhos obedientes, às vezes, de um momento para outro. É o que, por exemplo, aconteceu com o apóstolo Paulo. De manhã, ele ainda tinha dito "não". De tarde dizia "sim". E foi um sim para valer. Ele disse sim, e foi trabalhar na vinha do Senhor. Trabalhou até o último instante de sua vida.

Este fato estranho e felicitante, mil vezes repetido na história do povo de Deus, Jesus o tem em mente, quando diz em sua parábola que o filho, que lançara ao rosto do pai o seu teimoso "não quero", depois se arrependeu e foi trabalhar na vinha. Deus seja louvado! Nosso Senhor não nos prende, não nos fixa numa posição que temos tomado, em nossa revolta tola. Ele deixa a porta aberta. Ele não nos despede, como um patrão irado despede um trabalhador faltoso. Ele perdoa o "não quero" do filho revoltado e alegra-se com seu arrependimento e com sua ida à vinha.

Mas que foi que realmente aconteceu com o segundo filho? Foi um verdadeiro milagre que aconteceu com ele. Sua revolta, sua resistência interna à vontade do pai foi vencida - bem aí onde se encontra o "centro de comando" do homem - centro, que a Bíblia chama de coração. Neste centro, despertou a centelha da fé. E esta fé provocou um ardor, uma vontade de mudar, uma saudade de obedecer, a tal ponto que o filho rebelde foi forçado por dentro para ir à lavoura do pai. Entendemos bem: o pai não o levou "na marra". Ele o atraiu com seu convite, expressão de sua vontade séria e boa. Ele o atraiu com sua bondade, sua paciência. Mas não o forçou. É que, no "centro de mudança" do filho, a alavanca foi mudada da marcha à ré (certamente através do ponto morto) para a primeira. Na linguagem da Bíblia, isto quer dizer: ele se arrependeu, ele se converteu. Isto é, ele deu meia volta e começou a obedecer.

É uma parábola muito séria, aquela dos dois filhos. No tempo dos apóstolos, ela foi aplicada principalmente aos judeus (o primeiro filho!), que tinham aceito a aliança, não a cumprindo depois, e aos gentios (o segundo filho!), que outrora tinham vivido na revolta e que chegaram a aceitar o evangelho. Não vamos ser precipitados em dizer que nós somos o segundo filho, já que nós descendemos dos gentios. Ou que somos parte como o primeiro, parte como o segundo. Não vamos dizer levianamente que prometemos obediência e que cumprimos a promessa. Não esqueçamos que Deus é o Deus da verdade. Nós, pessoalmente, a igreja, toda a cristandade - todos, afinal, recebemos uma oferta gloriosa e graciosa por parte de Deus: a de trabalharmos na vinha de Cristo, de servirmos em seu Reino. Se nós nos dermos por satisfeitos cantando "aleluia" ou dizendo "amém", sem mexer um dedo para obedecer e agir no campo de trabalho que o povo de Deus tem nesta terra, não poderá acontecer o mesmo que Jesus relata nesta parábola? Que o filho revoltado, os chineses, os russos, os pagãos africanos, a juventude transviada, e outros mais, um dia estejam trabalhando na vinha de Cristo, e nós, dizendo "Sim, Senhor", mas continuando a viver nossa vidinha particular, tirando o corpo fora com este truque tolo, querendo enganar a Deus com palavras bonitas, palavras que têm nada a ver com a realidade de nossa vida! O Senhor nos guarde de uma fé sem frutos, de uma religião sem obediência!


Autor: Lindolfo Weigärtner

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Práticas Devocionais - PRÁTICA DA LEITURA DA BÍBLIA

A prática da leitura da Palavra de Deus é a arte de procurar o Senhor nas páginas das Sagradas Escrituras até achar. É a arte de enxergar toda a riqueza que está por trás da mera letra, de ouvir a voz de Deus, de relacionar texto com texto e de sugar todo o leite contido na Palavra revelada e escrita, tanto nas passagens mais claras como nas passagens aparentemente menos atraentes, mediante uma leitura responsável e o auxílio do Espírito Santo.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Isso quer dizer muita coisa. Significa que ela encerra a auto-revelação de Deus e expressa toda a sua vontade em matéria de fé e conduta. Significa ainda que você não se encontra desesperadamente em estado de absoluta desinformação quanto a Deus, quanto à vida e quanto à eternidade. Você tem em sua própria língua um livro que revela todo o programa de Deus, uma espécie de enciclopédia que fornece toda sorte de informação teológica necessária, um manual de avaliação que mostra a diferença entre o certo e o errado.
Além de inspirada por Deus, toda Escritura é extremamente útil (2 Tm 3.16). Ela fornece alimento para o espírito: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4, citando Dt 8.3). Ela gera conhecimento, fé, convicção e esperança. Ela promove comunhão com Deus e comunhão com os homens. Ela produz conforto em meio a lágrimas e angústias. Ela repreende e corrige, "a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3.17). Ela serve de ponto de apoio em situações adversas: "Sobre a tua palavra lançarei as redes" (Lc 5.5). Ela exerce influência poderosa nas tomadas de decisão. Ela cria uma mentalidade religiosa. Ela se acomoda nos porões do subconsciente e forma uma bagagem de valor inestimável, que aflora naturalmente nos momentos mais necessários.

INGESTÃO

Contudo, para que esse enorme volume de riqueza se torne seu, é necessário "comer" a Palavra de Deus, à semelhança de Ezequiel, que encheu as suas entranhas do rolo de um livro (Ez 2.8-3.3). Basta comer. O resto é com Deus. A ingestão da Sagrada Escritura depende de você. Trata-se de um exercício voluntário, consciente e pessoal. Faz-se isso por meio da leitura cuidadosa e regular da Palavra. A leitura formal, superficial, ocasional, desordenada ou supersticiosa rende muito pouco ou nada. Bem como a leitura feita para satisfazer apenas o intelecto. O Senhor diz: "Abre bem a tua boca e ta encherei" (Si 81.10). Você precisa aprender a arte de "abrir a boca" para meter a Palavra de Deus dentro do espírito.

DIGESTÃO

Diferente da ingestão, a digestão é a assimilação da Sagrada Escritura em seu interior. O processo é inconsciente, automático e irreversível. Uma vez ingerida, a Palavra que sai da boca de Deus é como a chuva e a neve que descem dos céus "e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra e a fecundem e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come". A Palavra de Deus não volta para Ele vazia, mas fará o que lhe apraz, e prosperará naquilo para que Ele a designou (Is 55.10, 11). Você não pode perder a noção e a certeza de que "a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb4.12). Em outras palavras, uma vez corretamente lida, a Escritura Sagrada provoca uma revolução dentro de você, desce aos lugares mais profundos, mexe em tudo. Essas coisas acontecem por causa do valor intrínseco da Palavra e por causa da operação do Espírito Santo.

METODOLOGIA

Para ser altamente proveitosa, a prática da leitura da Palavra de Deus depende da qualidade do empreendimento, que se consegue depois das seguintes providências:
1. Ler. Percorra com a vista o que está escrito, proferindo ou não as palavras. Tome conhecimento do texto: "Buscai no livro do Senhor, e lede" (Is 34.16). O rei de Israel deveria escrever um tratado da lei do Senhor para ler todos os dias da sua vida (Dt 17.18-20).
2. Meditar. Meditar é mais do que ler. Examine o texto lido. Reflita sobre ele. Gaste algum tempo para ficar por dentro da mensagem que o texto encerra. Veja a disposição do salmista: "Os meus olhos antecipam as vigílias noturnas, para que eu medite nas tuas palavras" (Si 119.148). Só neste Salmo, o verbo meditar aparece seis vezes. Aquele que medita na lei do Senhor de dia e de noite "é como árvore plantada junto a corrente de águas" (Si 1.3).
3. Memorizar. Meta na cabeça o que você leu e meditou. Entregue-o à memória, retenha-o, não o deixe escapar. Decore, se não as palavras, pelo menos a mensagem do texto lido. Guarde-a na despensa interior. Veja o propósito do salmista: "Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim" (Sl 119.112). Para precaver-se do pecado, o jovem deve conservar dentro de si os mandamentos de Deus e escrevê-los na tábua de seu coração (Pv 7.1-3).
4. Inculcar. Enfie bem para dentro a Palavra de Deus. Coloque-a nas entranhas, "no mais íntimo do teu coração" (Pv 4.21). Torne-a propriedade pessoal. Provoque uma impregnação da Sagrada Escritura em todo o seu ser. Era isto que Israel tinha de fazer com as crianças: "Estas palavras que hoje te ordeno [...] tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te" (Dt 6.6-9).
5. Conferir. Compare texto com texto. Não só para descobrir o sentido exato da passagem lida, mas também para enriquecer o seu conhecimento de toda a Escritura, consultando outras passagens paralelas. Por exemplo, digamos que você esteja lendo a Epístola de Paulo a Tito e encontre a frase: "Estas coisas são excelentes e proveitosas" (Tt 3.8). A partir daí você pode descobrir várias coisas excelentes ao correr da Bíblia: o mais excelente nome (Hb 1.4), o mais excelente sacrifício (Hb 11.4), o mais excelente óleo (Am 6.6), o mais excelente caminho (l Co 12.31), a excelência do episcopado (l Tm 3.1), o espírito excelente de Daniel (Dn 5.12) e a menção a Rúben, "o mais excelente em altivez, e o mais excelente em poder", contudo "impetuoso como a água" (Gn 49.3-4). Ora, esse esforço é altamente compensador. Esclarece, edifica, enriquece e lhe dá uma visão global das Escrituras.
6. Lembrar. Aprenda a fazer uso prático do que foi guardado na memória e nas entranhas. Retire do computador o que já foi digitado, retire do banco o que já foi depositado, retire da despensa o que já foi armazenado, e sirva-se à vontade. Você nunca vai ficar na mão, sem assistência, sem tratamento, sem pão. É só lembrar e aplicar. É nesse sentido que Jesus disse: "Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lc 17.32). Fez muito bem a Pedro lembrar-se de que Jesus lhe dissera: "Hoje três vezes me negarás, antes de cantar o galo" (Lc 22.61).

SUGESTÕES

Por causa do temperamento, do estilo pessoal de ler e de estudar e da disponibilidade de tempo, cada um deve descobrir e adotar a maneira própria mais indicada de ler a Bíblia. Os métodos alheios servem apenas de exemplos. Todavia, considere mais estas sugestões:
1. Reserve a hora mais propícia do dia para ler a Bíblia. Isso varia muito de pessoa para pessoa. Seja exigente nesse sentido e evite a hora menos propícia.
2. A preocupação maior deve ser com a qualidade da leitura, e não com a quantidade. Você não precisa ler a Bíblia durante o ano, mas precisa ler a Bíblia com proveito o ano inteiro.
3. Procure ler toda a Bíblia — não necessariamente de Génesis a Apocalipse. Leia grupos de livros: os livros poéticos, as Cartas de Paulo, os profetas menores, o Pentateuco, os quatro Evangelhos, os livros históricos e assim por diante. Para seu controle pessoal, marque a data do início e do final da leitura de cada livro.
4. Sublinhe o que você achar mais interessante. Faça pequenas notas às margens ou em um bloco à parte. Por uma questão de ordem, é bom numerá-las. Uma numeração para cada livro lido. O esforço de escrever as notas torna a leitura e a meditação mais sérias e ajuda a memorizar as lições aprendidas.
5. Use a Concordância Bíblica da Sociedade Bíblica do Brasil, baseada na Edição Revista e Atualizada no Brasil da Tradução de João Ferreira de Almeida, para conferir escritura com escritura.
6. Havendo tempo, quando necessário, consulte outras versões em português (ou outras línguas) e a paráfrase A Bíblia Viva, para entender melhor o texto e fugir da rotina de uma mesma tradução a vida inteira. Além da tradução de Almeida, a mais usada, você pode recorrer às antigas traduções de Figueiredo e Versão Brasileira e à mais recente, A Bíblia na Linguagem de Hoje.
7. Só consulte as notas de rodapé, comentários e dicionários bíblicos depois do esforço próprio de entender o texto. Evite a preguiça mental.
8. Peça sempre o auxílio do Espírito Santo para entender as Escrituras e se beneficiar delas, seja por meio de uma pequena oração ou por meio de uma atitude de dependência e humildade. É o Espírito quem levanta o véu e deixa você ver a riqueza toda que está por trás da mera letra.


Autor: Elben M. Lenz César

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 10)

QUANDO A VOZ DO POVO SE MANIFESTOU, FOI PARA PEDIR A PILATOS QUE CRUCIFICASSE JESUS E SOLTASSE BARRABÁS! Mateus 27.21-22

BEM, SE A VOZ DO POVO, DEFINITIVAMENTE, NÃO É A VOZ DE DEUS, O QUE FAZER?
APEGAR-SE A DEUS, CRENDO EM SEU FILHO JESUS CRISTO E LER A SUA PALAVRA CONTIDA NA BÍBLIA SAGRADA.

1 Timóteo 2.3-5: "Pois isso é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade".

Atos 4.4: "Muitos dos que ouviram a palavra a aceitaram." Mas, nem todas as pessoas aceitam a Jesus Cristo como seu salvador pessoal e, por isso, não são salvas.

João 3.17-18: "Por Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais astrevas que a luz."

Josué 24.15: "Escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses que serviram vossos pais... porém, eu a minha casa serviremos ao Senhor."

QUAL A ESCOLHA QUE VOCÊ FAZ HOJE? VOCÊ FICA COM A VOZ DE DEUS, OU COM AS CRENDICES POPULARES?

Você deve escolher se continua fazendo um deus segundo a sua própria semelhança (um deus que seja de acordo com o seu gosto pessoal) ou aceita o Deus da Bíblia - criador de todas as coisas, que criou você para ser verdadeiramente feliz, a despeito das adversidades.
A Bíblia é o "MANUAL DO PROPRIETÁRIO". Quando você compra um automóvel, ele vem com o manual escrito pelo fabricante, que conhece o carro por dentro, e sabe tudo o que precisa ser feito para obter o melhor proveito daquela máquina.
Deus conhece você por dentro. Ele quer que você tenha o melhor proveito da sua vida aqui, e deseja lhe dar a vida eterna em sua presença.

AGORA É JESUS QUEM FALA:

Apocalipse 3.20: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo."

João 5.24: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, têm a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida."

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 9)

A VOZ DO POVO:
"Ah! Mas todos são filhos de Deus!"

A VOZ DE DEUS:
João 1.10-12: "(Jesus - O Verbo) estava no mundo e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: a saber, aos que creram no seu nome".
Marcos 16.15: Jesus disse: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda acriatura".

CONCLUSÃO:
Todos são CRIATURAS DE DEUS, mas os que recebem a Jesus, e crêem n'Ele como seu Salvador, estes, sim, são filhos de Deus!

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 8)

A VOZ DO POVO:
"Então eu vou pedir para o meu santo."

A VOZ DE DEUS:
1 Pedro 1.16: "...porque está escrito: Sede santos porque eu sou Santo!" Você é que tem que ser santo!
Êxodo 20.4-5: (Um dos dez Mandamentos da Lei de Deus - as tábuas da Lei, dadas ao povo de Deus através de Moisés): Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima dos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas embaixo da terra. Não te encurvarás a elas, nem as servirás, pois eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso..."
1 Timóteo 2.5: "... porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo."

CONCLUSÃO:
Santo, quer dizer separado para o serviço de Deus. São vidas preciosas que nos inspiram. São exemplos. Mas nenhum deseja, nem pode, tomar o lugar de Jesus, que é o único mediador entre Deus e o homem. O seu sangue, derramado na cruz do Calvário, é que nos dá acesso ao trono da graça de Deus.
Romanos 8.34: "Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e intercede por nós". Jesus disse a Pedro, antes mesmo que ele negasse a Jesus: "Eu, porém, roguei por ti." Lucas 22.32
É cristo quem intercede por nós junto ao Pai. Só Jesus faz isso. Jesus é Deus Vivo - o SALVADOR!

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 7)

A VOZ DO POVO:
"Vou confessar os pecados e pedir perdão ao líder da minha igreja - ele vai me mandar repetir umas rezas e, eu estarei, com as contas acertadas com Deus."

A VOZ DE DEUS:
A Bíblia diz que é Deus quem pode perdoar pecados. Daniel 9.9: "Ao Senhor nosso Deus pertence a misericórdia e o perdão".
Deus ouve a nossa oração e nos perdoa:

II Crônicas 7.12-14: "De noite apareceu o Senhor a Salomão e lhe disse: ouvi a tua oração... Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."
CONCLUSÃO:
Deus quer que você se converta dos seus maus caminhos. Você precisa é mudar de vida, e não apenas repetir "rezas" e continuar no erro. Sozinho, você não consegue. Então, humilhe-se, ore com suas próprias palavras e peça a Deus que através da obra de Jesus Cristo na cruz, que ele te "ouça do céu", e lhe dê poder para venceraquele pecado gostoso e difícil de largar.
Provérbios 28.13: "Aquele que encobre as suas trangressões jamais prosperá; mas o que as confessa e deixa encontrará misericórdia".

terça-feira, 6 de julho de 2010

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 6)

A VOZ DO POVO:
“Coitado de Jesus – eles o mataram! E olhe, se ele voltasse, eles o matariam outra vez!”

A VOZ DE DEUS:
JESUS NÃO É COITADO: ELE VEIO PARA MORRER!
João 19.10-11: “Disse-lhe Pilatos: ...Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado.”
João 10.17-18: Palavras de Jesus: “Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (ressurreição).
Mateus 20.28: “Jesus disse: ...o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.”

CONCLUSÃO:
Jesus, ele mesmo anunciou que iria morrer para nos permitir a vida eterna com Deus. Ninguém tirou a vida de Jesus: ele mesmo a deu em resgate de muitos, e voltará em glória para buscar os remidos do Senhor

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 5)

A VOZ DO POVO:
"Eu passo pelo purgatório e depois vou para o céu".

A VOZ DE DEUS:
Quando Jesus disse ao ladrão na Cruz: "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23.43) eliminou também a possibilidade da idéia de purgatório, que seria um lugar intermediário entre a morte e a destinação final do homem: céu ou inferno.
Nesse lugar imaginário "purgaríamos" os nossos pecados através da reza, em nosso favor, feita pelos amigos ainda vivos.
Não existe na Bíblia a palavra purgatório, nem nenhuma idéia semelhante. A chamada "doutrina do purgatório" só foi acrescentada pela religião dominante no ano 593 d.C.
O que a Bíblia diz: "Porque vais à casa eterna... que o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu." Eclesiastes 12.5-7. "Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." Filipenses 3.20

CONCLUSÃO:
Amamos e oramos por aqueles que têm ouvido essa idéia (purgatório) sem fundamento bíblico e que ainda colocam sua esperança em coisas vãs.
Mateus 22.29: "Respondeu-lhes Jesus: Errais não conhecendo as escrituras, nem o poder de Deus." João 8.32: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 4)

A VOZ DO POVO:
"Eu reencarno, volto em várias vidas para fazer o bem."

A VOZ DE DEUS:
Jó 7.9: "Tal como a nuvem se disfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir."
Hebreus 9.24: "Assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo."
1 João 1.9: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça."
Romanos 6.23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuíto de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor."
Romanos 8.1-2: "Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, emCristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte."
Deuteronômio 18.10-12: "Não haja no teu meio... nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos. O Senhor abomina todo aquele que faz essas coisas."

Não há citação na Bíblia de voltarmos em várias vidas para fazer o bem. Se isso fosse verdade, o mundo estaria melhorando. E o mundo nunca esteve tão cheio de calamidades!
Jesus disse ao ladrão, na Cruz: "Hoje mesmo, estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23.43). O ladrão fazia o mal e não o bem, mas reconheceu que era pecador, arrepende-se, pediu perdão a pessoa certa - só Deus pode perdoar pecados - e foi salvo na hora. Jesus é Deus. Ele sempre esteve ao lado do Pai, desde a fundação do mundo.João 1.1-3.

CONCLUSÃO:
Os evangélicos respeitam e amam os que pensam assim, e oram por eles, mas temos que reconhecer que os versículos acima, e a clara afirmação de Jesus ao ladrão da Cruz, eliminan a hipótese da teoria da reencarnação.
Os que ainda pensam assim, se dizem cristãos, mas a teoria em que se baseiam aboliria por completo a missão de Jesus Cristo na Terra, já que Ele não seria mais o SALVADOR, pois o seu sangue vertido em nosso lugar na Cruz do Calvário já não teria mais valor algum de nos purificar de todo o pecado, de nos salvar da condenação e nos garantir a vida eterna com Deus. Nós mesmo é que teríamos que fazer isso, voltando e voltando até que atingíssemos a perfeição! Diz a Bíblia em Romanos 3.10 que "não há um justo sequer... a não ser Deus".
Mas, quem pensa assim, também pode aceitar a Jesus como o seu Salvador e, então, ter a certeza da salvação e da vida eterna com Deus, passando a ter apenas a Bíblia como sua única regra de fé e de prática.
No último capítulo da Bíblia, lemos em Apocalipse 22.18-19: "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos descritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro".

sábado, 3 de julho de 2010

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 3)

A VOZ DO POVO:
"Ah, mas eu pratico as boas obras."

A VOZ DE DEUS:
2 Timóteo 1.9: "...o evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou... não segundo as nossas obras, mas segundo o seu santo propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus."
Gálatas 2.16: "Sabendo que o homem não é justificado pelas obras..., mas pela fé em Jesus Cristo..."
Efésios 2.8: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fée isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie."
Mateus 5.12: Jesus, no Sermão do Monte: "Regozijai-vos e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus..."

CONCLUSÃO:
As obras são reflexo daquele que é salvo, e não condição para salvar! No céu, haverá galardão para os salvos que tiverem praticadoboas obras como fruto do amor cristão.

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 2)

A VOZ DO POVO:
"Eu sou bom: nunca matei ninguém, nem roubei."

A VOZ DE DEUS:
Marcos 10.18: "Niguém é bom, senão um só, que é Deus."
Tiago 3.10: "Não há um justo, nenhum sequer."
Jeremias 17.9: "Enganoso é o coração... e desesperadamente corrupto."
Romanos 3.23: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." (O pecado faz separação entre o homem e Deus!)
1 João 1.7: "Mas... o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todos o pecado." (Isso nos dá de novo, acesso ao trono da glória e da graça de Deus,mas somente ao que crê em Jesus!)

CONCLUSÃO:
Não é pelo seu mérito, mas pelos méritos de Jesus que você é salvo quando você aceita a Jesus como o seu salvador e passa a ter acerteza da vida eterna com Deus. "Quem crê no Filho (Jesus) tema vida eterna." (João 3.36). Se tivesse que ser pelos seus, ou pelo meus méritos, nem esperança poderíamos ter da Salvação!

Argumentos Religiosos Populares - A voz do povo não é a voz de Deus (Parte 1)

A VOZ DO POVO:
"Todos os caminhos levam a Deus - Toda religião é boa!"

A VOZ DE DEUS:
A Bíblia mostra que:
RELIGIÃO NÃO SALVA
IGREJA NÃO SALVA
PASTOR NÃO SALVA
MISSIONÁRIO (como eu) NÃO SALVA
SÓ JESUS CRISTO SALVA!

Romanos 1.16: "Porque não me envergonho do evangelho deCristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê."
João 3.16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito (Jesus) para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna."
João 14.6: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim".

CONCLUSÃO:
Nem toda religião é boa, apenas aquela que têm como função religar a pessoa à Deus, levando-a ao conhecimento da verdade, que éCristo Jesus, nosso Salvador, o único caminho que leva ao Deus verdadeiro.

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