quarta-feira, 26 de junho de 2013

[Estudo Bíblico] QUANTO VALE A ORAÇÃO?

O autor da Carta aos Hebreus afirma que “durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7). A nós, não custa lembrar: “Deus espera por nossas orações”.
Texto básico:
Lucas 11.1-13

Textos de apoio

Mc 1.35-39
Lc 5.12-16
Lc 6.12-16
Lc 9.18, 28-36
Jo 17.1-26
Mt 26.36-46

Introdução

“Quanto vale a oração?” Para refletir nesta pergunta, vamos estudar o valor da oração na vida de Jesus. Se para ele, que era um com o Pai (Jo 10.30), a oração tinha profundo valor, quanto mais deve ter para nós! Os críticos dizem que a oração é válida porque é emocionalmente saudável para quem ora. Seria este o único valor da oração para Jesus? O autor da Carta aos Hebreus afirma: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7, NVI). Certamente que, para Jesus, a oração não somente proporcionava o benefício emocional, mas produzia efeito concreto em sua vida e na vida de outros. Deus o atendia, respondendo, de fato, às suas orações.

Para entender o que a Bíblia fala

a) O exemplo sempre vem primeiro. Porque viram Jesus orando, os discípulos pediram que ele os ensinasse a orar (Lc 11.1). Que assuntos devem ser abordados quando oramos, de acordo com a oração-modelo deixada por Jesus (Lc 11.2-4; cp. Mt 6.9-13)?
b) Logo a seguir, Jesus continua seu ensino sobre a oração contando uma instigante parábola (Lc 11.5-10). Como devemos interpretá-la? [Lembre-se de que Jesus também insistia em suas orações. No cenáculo, ele orou repetidas vezes por seus discípulos (Jo 17.9, 11, 15, 17, 20-21). No Getsêmani, fez o mesmíssimo pedido três vezes (Mt 26.44).]
c) Como os versos 9 e 10 de Lucas 11 explicam o sentido da parábola? (Recorra a mais de uma tradução para entender melhor o texto.)
d) Jesus termina seu ensino sobre a oração, comparando o pai terreno com o Pai celestial (Lc 11.11-13). Eugene Peterson contemporiza assim o texto: “Não barganhem com Deus. Sejam objetivos. Peçam aquilo de que estão precisando. Não estamos num jogo de gato e rato, nem de esconde-esconde. Se seu filho pedir pão, você o enganaria com serragem? Se pedir peixe, iria assustá-lo com uma cobra viva servida na bandeja? Maus como são, vocês não pensariam em algo assim, pois se portam com decência, pelo menos com seus filhos. Não acham, então, que o Pai que criou vocês com todo amor não dará o Espírito Santo quando pedirem?” Que exemplos podemos ver de boas e objetivas respostas de Deus aos pedidos de oração de Jesus? Consulte os textos de apoio.

Hora de Avançar

“Deus espera por nossas orações!”

Para pensar

Deus atendeu a oração de Jesus, antes de ele sair para pregar em outros lugares (Mc 1.35-39), depois da cura do leproso (Lc 5.15-16), antes de escolher os doze companheiros de ministério (Lc 6.12-13), durante a incrível experiência da transfiguração (Lc 9.28-29), antes de ensinar sobre a oração (Lc 11.1-2) e antes da agonia da cruz (Mt 26.39-44). Deus também ouviu a intercessão de Jesus por seus discípulos – tanto os contemporâneos dele quanto nós, que viemos a crer depois. Esta foi sua maior oração registrada, conhecida como “a oração sacerdotal de Jesus” (o capítulo inteiro de João 17). Finalmente, voltando ao texto de Hebreus (5.7), Deus não o livrou de passar pela morte, mas o ressuscitou em corpo glorioso, o que foi uma resposta de oração incomparavelmente mais poderosa e sublime.

O que disseram

“Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.” (Fp 4.5-7, BV.)
“A oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranquilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito).” (Elben César, em Práticas Devocionais)

Para responder

> Para você, quanto vale a oração? Quais os benefícios desta prática em sua vida?
> Como você seguirá o exemplo de Jesus como alguém que sempre praticava a oração?
> Em relação ao seu tempo e à sua agenda, que decisões você tomará hoje para colocar isso em prática?
> Compartilhe com um amigo ou com o grupo uma resposta concreta de Deus a algum pedido de oração específico que você tenha feito.

Eu e Deus

“Bem cedinho, de manhã, faço a minha oração. Tu, Senhor ouves a minha voz. Faço a minha oração e fico esperando, vigiando com atenção para descobrir a tua resposta.” (Sl 5.3.)

terça-feira, 25 de junho de 2013

[Estudo Bíblico] NEM SEMPRE DEUS FAZ (OU DESFAZ) O QUE QUEREMOS

Texto básico: Salmo 107 e Lamentações 2
Textos de apoio
Mt 26.36-39, 42, 44; Is 53.10-12
Lc 9.23-25; 14.27, 33
Hb 12.5-13
Tg 4.1-4
Tg 1.2-4, 12; 5.7-11
II Co 4.7-11, 14-18

Introdução
Podemos não ter a nossa vontade realizada por vários motivos. O que nos incomoda, no entanto, é que tendemos a experimentar sofrimento quando o que queremos não ocorre.

Nesse sentido, é importante lembrar que, em última instância, o sofrimento é conseqüência do pecado que entrou no mundo (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Isso não significa que sofrimentos específicos sempre possam ser associados a pecados específicos (Jó; Jo 9.1-3). Antes, significa que, se o que queremos é nos ver livres do sofrimento, o caminho não será tentar absolutizar nossa vontade, em si corrompida pelo pecado. Mas, sim, olhar “para Jesus, o autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb 12.2).
O querer do Filho sacrificado pela vontade do Pai (Mt 26.36-39, 42, 44) levou-o a alcançar a glória suprema de Deus e o bem supremo para o homem (Is 53.10-12)! Olhando para Ele, portanto, neguemos a nós mesmos e tomemos também a nossa cruz (Lc 9.23-25; 14.27, 33). Afinal, se nos identificamos com Ele em seus sofrimentos, é porque em breve nos identificaremos com Ele também na sua glória (Fp 3.8-14, II Tm 2.11) – na qual “não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Ap 21.4)!
Para entender o que a Bíblia fala
Em Lamentações 2, e mesmo no Salmo 107, qual é a justificativa apresentada para as correções de Deus sofridas pelo povo (Lm 2.14a; Sl 107.11, 17)?[1]
Em ambos capítulos, qual atitude do povo é esperada por Deus diante da correção aplicada (Sl 107.6, 13, 19, 28; Lm 2.18-19)?[2] Com base nesses textos, o que o clamor revela sobre o coração do que clama?
De acordo com Hebreus 12.5-13, como devemos ver essas correções que recebemos da parte de Deus?
Nesse contexto, de acordo com Tiago 4.1-4, por que nem sempre Deus faz o que queremos?
Em outros casos, não estamos sofrendo uma correção, mas uma provação/tribulação. De acordo com Tg 1.2-4, 12 e II Co 4.7-11, 14-18, por que é necessário passarmos por esse tipo de situação adversa?[3] Como a passagem de Tg 5.7-11 procura nos encorajar nesse sentido?[4]
Olhando para o caso de Jesus (Mt 26.36-39; Is 53, em especial 53.10-12), o que podemos aprender sobre a razão de Deus nem sempre fazer o que queremos?
Hora de avançar
“Assim como o leitor de um romance não se assusta com a complicação e confusão do enredo, na certeza de que no final o autor vai deixar tudo esclarecido, os cristãos confessam que não têm sabedoria suficiente para acompanhar Deus, porque ele é muito maior, e confiam nele.”
Para pensar
Se Deus é todo-poderoso e todo-bondoso, por que o que queremos nem sempre acontece?
Várias respostas são possíveis. A mais simples se aplica quando queremos mal: Deus não atende ao nosso pedido a fim de nos livrar do mal (Tg 4.3) – a tragédia, nesse caso, seria Ele nos entregar aos nossos desejos corrompidos (Rm 1.18-32). De fato, mesmo quando queremos bem, Deus pode ter outro plano que considera melhor (At 16.6-10).
Outra possibilidade é estarmos passando por uma correção de Deus, dada a fim de que nos arrependamos, voltando para ele para sermos curados (Lm 1-5; Rm 11.22; Hb 12.5-13). Alternativamente, podemos estar passando por uma provação, dada a fim de manifestar o nosso coração e o purificar, para o nosso bem e para a Sua glória (Tg 1.2-4, 12; I Pe 1.6b-7; 4.12-13; II Ts 1.4-12).
Em qualquer caso, contudo, podemos crer que, apesar de nunca ter desejado o mal, Deus tem controle sobre ele (Jó 34.10-15; Lm 3.37-38). Assim, em seu amor que excede todo entendimento (Ef 3.19), Ele usa a nossa experiência do sofrimento para cumprir, de maneira incompreensível, o seu bom propósito – do qual pode(re)mos alegremente participar como o seu povo (Lm 3.31-33; Jó 42.5, 10-17; Tg 5.11; Gn 50.20; Rm 8.32)!
O que disseram
“…quando é preciso suportar a dor, um pouco de coragem ajuda mais que muito conhecimento, um pouco de simpatia humana tem mais valor que muita coragem, e a menor expressão do amor de Deus supera tudo.”
“Deus nos sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas brada em nosso sofrimento: o sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo.”
(C.S. Lewis, no livro “O problema do sofrimento”)
Para responder
1. Quais têm sido os seus principais anseios, desejos, sonhos? Olhando para eles, o que você conclui sobre as motivações que têm guiado o seu querer? Com base na Bíblia, você diria que elas têm sido agradáveis a Deus?
2. O que você gostaria que estivesse acontecendo? Com base neste estudo, refletindo em oração, por que você acha que expectativa não está sendo atendida?
3. Refletindo em oração, você pode reconhecer alguma raiz de amargura contra Deus em seu coração que nasceu por você considerar que Ele o(a) deixou passar por uma situação adversa, de sofrimento? Ciente da mensagem dos textos que você leu neste estudo, o que você gostaria de dizer a Deus a esse respeito, em oração?
4. Refletindo sobre as suas atitudes, qual é o peso que a expectativa da glória tem tido na balança do seu coração, em relação aos sofrimentos presentes? Quanto você tem deixado as adversidades atuais ofuscarem o incomparável tesouro da sua salvação eterna, prestes a ser plenamente consumada? O que você gostaria de fazer a esse respeito?
Eu e Deus
O sofrimento momentâneo precede a glória permanente. Portanto, atentemos “não nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (II Co 4.17-18). Sejamos perseverantes, com alegria, porque a glória é certa e a sua manifestação, próxima!
Autor do Estudo Bíblico: Jonathan Simões Freitas


[1] Sugestão: leia, também, Lm 1.5, 8-9ª, 14, 18, 20ª, 22ª; 3.34-36, 39, 42, 64; 4.6, 13, 16, 22; 5.7, 16-17.
[2] Sugestão: leia, também, Lm 3.21-33, 40-42, 55-58; 5.21.
[3] Sugestão: leia, também, I Pe 1.6b-7; 4.12-13.
[4] Sugestão: leia, também, Hb 10.35-39 e o Salmo 37.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] O QUE FEZ JESUS DOS 12 AOS 30 ANOS DE IDADE? - João 20.30-31

Nesse texto, descobrimos que Jesus fez muitas outras coisas que não estão escritas na Bíblia. Na verdade, seria impossível relatar tudo o que ele fez. Deus quis revelar-nos os fatos mais importantes da vida de Jesus. Portanto, não sabemos com detalhes o que Jesus fez neste período de sua vida. Não há nenhum registro confiável que nos permita tirar quaisquer conclusões sobre esse período da vida de Cristo. Todavia, é possível tirar algumas conclusões a esse respeito, com base no que o Evangelho fala sobre a vida e o ministério de Jesus na Palestina. Podemos constatar que ele viveu como um judeu do seu tempo por causa do seu conhecimento da vida na Palestina, da sua cultura judaica e de sua compreensão do Antigo Testamento.

Reflexão:

  • Se Jesus aprendeu segredos em outras terras, não teria ele pregado ideias estrangeiras facilmente identificáveis?
  • Se Jesus viveu em outros lugares, como explicar que o novo Testamento não contém qualquer palavra egípcia, indiana, etc.?

sábado, 22 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] SERÁ VERDADE QUE JESUS ERA DEUS? - João 1.1-3,14

Não há dúvida nenhuma! O texto bíblico afirma expressamente que Jesus, o Verbo, era Deus, Ele é o Filho de Deus encarnado (veja o v.14), sendo, portanto, a revelação máxima de Deus para a humanidade. Ele é o Emanuel, que quer dizer, Deus conosco. Como Deus, constatamos aqui que Cristo participou inclusive da criação do mundo, pois todas as coisas foram feitas por intermédio dele (v.3). Jesus está na posição de Criador, sendo portanto Deus.

Veja alguns outros exemplos que tratam da divindade de Jesus:

  • Mateus 14.33 - Jesus foi adorado.
  • João 8.58 - Ele se declara "Eu Sou", igualando-se a Deus Pai.
  • João 10.30,38 - Jesus é um com o Pai
  • João 14.7-10 - Cristo afirma: "Quem me vê a mim, vê o Pai".
  • Romanos 9.5 - Cristo é Deus bendito para todo o sempre.
  • Colossenses 2.9 - Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.
  • Hebreus 1.2-3,8 - Ele é a expressão exata do Ser de Deus e é chamado Deus.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] É DE FATO VERDADE QUE OS PROFETAS FALARAM SOBRE CRISTO MUITO ANTES DE ELE NASCER? - Isaías 53.1-12

Muitas são as profecias a respeito de Cristo que foram cumpridas. Mas, quando lemos os detalhes sobre a morte  e o sofrimento de Jesus, descritos séculos antes nas palavras de Isaías, ficamos pasmados com o cumprimento dos detalhes da profecia na morte e no sepultamento de Jesus. Vale a pena observar pelo menos dois detalhes impressionantes: "como cordeiro foi levado ao matadouro... ele não abriu a sua boca" (v.7 - Mateus 27.12-14); "designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte..." (v.9 - Mateus 27.57, Lucas 22.37, 23.33). O que mais impressiona é o fato de que esses detalhes não podiam ter sido cumpridos pela vontade do próprio Jesus, pois atos executados por terceiros que nenhum interesse tinham em fazer cumprir as profecias messiânicas.

Veja alguns outros sete exemplos de profecias cumpridas em Cristo:

PROFECIA
CUMPRIMENTO
1. Descendente e herdeiro de Davi – Isaías 9.6,7
Lucas 1.32-33
2. Nascimento em Belém – Miquéias – 5.2
Lucas 2.4-7
3. Nasceria de uma virgem – Isaías 7.14
Mateus 1.18-23
4. Seu ministério na Galileia – Isaías 9.1-2
Mateus 4.12
5. Rejeição do seu próprio povo – Isaías 53.3
João 1.11
6. Sua entrada triunfal em Jerusalém – Zacarias 9.9
Mateus 21.5
7. Suas vestes foram repartidas – Salmos 22.18
João 19.24

quarta-feira, 19 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] COMO PODE JESUS TER NASCIDO DE UMA VIRGEM? NÃO SERIA ISSO IMPOSSÍVEL? - Mateus 1.18-23

De fato isso é humanamente impossível, mas para Deus nada é impossível (leia Lucas 1.37). Sabemos que o nascimento virginal de Jesus foi um milagre único realizado pelo poder do Espírito Santo. Como podemos aceitar isso? A questão aqui é se cremos ou não que Deus tem poder para fazer milagres. Quem crê no poder do Deus que criou o mundo e a tudo sustenta não terá dificuldades de aceitar esse fato bíblico.

Saiba que o fato de Jesus ter nascido de uma virgem:

  • Comprova sua origem divina.
  • Mostra que seu nascimento foi um milagre, único na história.
  • Impediu que ele nascesse pecador, pois foi concebido pelo Espírito Santo.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] QUANDO JESUS PASSOU A EXISTIR? - João 8.51-59

O Apóstolo João nos relata algo surpreendente neste texto. Jesus não foi um homem comum. Abraão tinha vivido há cerca de dois mil anos antes de Cristo, e Jesus afirma que ele já existia antes do patriarca do povo hebreu (v.58). Vemos que Cristo não passou a existir no momento de seu nascimento. Assim Jesus comprovou também a sua divindade; isso ficou tão claro que ele quase foi apedrejado pelos seus opositores, como se vê no final do texto.

Reflexão:

  • Quem jamais teve coragem de fazer uma afirmação como a de Jesus?
  • Se Jesus era de fato quem ele afirmou ser, como devemos considerar suas palavras?
  • Quem afirma ser o que Jesus afirmou ou é louco, ou está mentindo, ou está dizendo a verdade? Qual é a sua opinião sobre Jesus?

domingo, 9 de junho de 2013

[Perguntas e Respostas] DEPOIS DE TANTOS SÉCULOS, NÃO SERIA NECESSÁRIO ATUALIZAR A BÍBLIA COM OUTROS LIVROS SAGRADOS? - Gálatas 1.6-12

Essa é uma pergunta honesta. Não estaria a Bíblia desatualizada? Não lhe falta algum complemento? Vários são os grupos religiosos que têm sugerido uma "complementação da Bíblia", como se a mensagem de Deus nas Escrituras estivesse incompleta. Precisamos reconhecer que a mensagem de Deus na Bíblia é única. Muitos outros livros podem conter verdades e dar-nos conselhos úteis, mas nenhum deles pode ser comparado à Bíblia. Nem mesmo uma mensagem trazida por uma criatura espiritual ou angelical pode ser aceita como Escritura Sagrada ou como um Evangelho. A revelação escrita de Deus está encerrada na Bíblia. Como vemos no versículo 8, qualquer outra pretensa revelação é considerada anátema (maldita).

Reflexão:

  • Poderia Deus ter deixado a Igreja Cristã tantos séculos com uma Bíblia incompleta?
  • Você conhece algum grupo que acredita possuir a "complementação" da Bíblia?
  • A doutrina desses grupos completa a Bíblia ou contradiz o ensinamento da mesma?

[Esboços para pregação] AUTORIDADE NO CÉU E NA TERRA - Mateus 28.16-20

Alguns adoram, alguns duvidam, um já tinha caído fora: a situação da igreja dos apóstolos não era muito diferente da nossa. Uma igreja perfeita, na qual tivessem vivido só crentes e santos, nunca existiu. Os apóstolos eram homens sujeitos às mesmas falhas e às mesmas fraquezas que nos perturbam hoje. Bem poderíamos imaginar que Jesus tivesse feito um sermão para eles, nos seguintes termos: "Olhem, meus discípulos, se as coisas vão continuar deste jeito, vocês não vão longe. A união é que faz a força. Nós começamos com doze, e agora já falta um. E, neste momento, alguns de vocês estão duvidando. Entre vocês não pode haver nenhuma dúvida! Se os homens vão notar que vocês, meus discípulos, têm problemas de fé, como é que o evangelho irá conquistar o mundo...?"
  
Mas o que Jesus faz é algo bem diferente. Ele, o Senhor ressurgido, o Filho de Deus glorificado, ele se aproxima deste grupinho de homens, nos quais se misturam a fé e a descrença, e desvia o olhar deles da própria fraqueza para seu poderoso Senhor: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra". Toda a autoridade! Não só um pouco. Não um poder limitado. Nenhuma autoridade parcial reservada à Galileia, à Palestina, ao Império Romano  à civilização ocidental, à sociedade dos brancos. A autoridade de Jesus abrange toda a terra. E ela abrange o céu também. Assim, sua igreja não será nunca uma "sociedade limitada". E não será nunca uma "sociedade anônima , tampouco. Ela tem nome, nome insubstituível, nome santo e eterno: Igreja de Jesus Cristo. Será que nós, os luteranos, os presbiterianos, os católicos, e todos os outros cristãos, não corremos todos o perigo de esquecermos isso? Que só a igreja de Jesus Cristo, ao qual foi dada toda a autoridade, tem a promissão de vencer as portas do inferno? É um lembrete contra qualquer tipo de sectarismo, seja ou não seja etiquetado com o nome de "igreja".

As palavras que Jesus dirige às primeiras comunidades são tão importantes para qualquer comunidade cristã, sim, para toda a cristandade, que deveriam ser o farol, o ponto de referência, em que nos orientamos em qualquer situação e em qualquer emergência de nossa vida cristã. A Jesus Cristo, nosso Senhor, foi dada toda a autoridade, no céu e na terra. Portanto vamos olhar para ele, não para nós. Vamos orientar-nos em seu poder, não em nossa fraqueza. Não vamos assustar-nos dos poderes a das .dificuldades que se vão levantar em nosso caminho. Não vamos orientar-nos em problemas. Problemas são para ser enfrentados, para ser vencidos, mas não servem para orientar. Quem tentar orientar-se em problemas - no problema social, na crise econômica  em problemas de vida e de fé - esse acaba ficando desorientado, acaba sendo um problema ele mesmo (como, aliás, sempre foi). Como ponto de orientação só serve um lugar: é o lugar onde Jesus está. E Jesus não é só para ser olhado em atitude meditativa e respeitosa, ele é para ser ouvido e obedecido. É sua palavra que nos orienta, que nos guia e que nos põe em movimento.

 Se a cristandade sempre tivesse levado a sério esta declaração básica de Jesus, "A mim foi dada toda a autoridade", então não teria havido lutas de poder, separações, rivalidades ou qualquer outra crise de autoridade, no povo de Jesus. A miséria dos cristão começa no momento em que eles deixam de contar com o poder exclusivo e ilimitado de seu Senhor, no momento em que eles olham para o lado, para ver, se não há um lugarzinho mais seguro para se refugiar uma pessoa mais influente à qual recorrer. Se pudéssemos desviar o nosso olhar de tudo e de todos, inclusive de nós mesmos, olhando com fé simples e ingênua para Cristo, o Senhor, aí poderíamos dispensar as muletas que nós mesmos fabricamos. Poderíamos vencer nossas crises de autoridade, nosso cansaço, nossa tristeza, nossa preguiça. Ouviríamos simplesmente a mensagem e obedeceríamos. Enfrentaríamos sem medo os problemas de nosso tempo, confiados exclusivamente no poder e na autoridade de Cristo. O que nos impede, aliás, de fazer isto mesmo?

"Ide portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho ensinado". Como se faz um discípulo? "Indo", diz Jesus. Não é, pois, ficando no lugar onde estamos, entrincheirados em nossa tradição, para ver se os futuros discípulos virão a nós. Não há nenhuma escola de discípulos localizada em Jerusalém (ou em São Paulo, ou São Leopoldo...). E verdade: numa escola pode acontecer o milagre de se fazer um discípulo; mas tal milagre não pode ser parte de um programa, de um currículo de colégio, nem de seminário ou Faculdade de Teologia. "Ide, portanto", diz Jesus. Você reparou na palavra "portanto"? O que ela significa? Significa algo essencial. Vou usar de uma comparação: você conhece um cortador de grama elétrico? Se não conhece, pode imaginar. A gente vai levando o cortador pelo gramado, e ele vai conosco. Vai cortando enquanto o levamos. Enquanto ele estiver ligado pelo fio elétrico à tomada de força, ele vai cortando grama. Se desligarmos o fio, a lâmina cortadora para. Aí você pode empurrar o quanto quiser. Verá que esta máquina não foi feita para funcionar sem eletricidade. Pois bem, eu afirmo que a palavra "portanto" é o tal fio que liga a máquina à rede elétrica: "A mim foi dada toda a autoridade". Isto é a força. "Portanto": isto é o fio. "Ide fazei discípulos": isso é o cortador de grama que se movimenta na função para a qual foi feito. Se você esquecer este "portanto", vai ser um cristão frustrado. Um cristão emperrado, um cristão que empurra e que se desanima. Com outras palavras: Cristo nos manda ao mundo não como alguém que quer ficar por aí, só para olhar. "A mim foi dada toda a autoridade. Portanto ide". Isso é: vocês vão ser movidos pelo meu poder. Irão revestidos de minha autoridade. Eu sou o que faz andar o evangelho. Permaneçam ligados a mim. Permaneçam em mim! Ide! "Portanto, portanto": Você nota como esta palavra começa a ter peso? "Eu tenho poder - portanto, vai! Portanto põe mãos à obra, vai para a frente com esta tarefa espinhosa. Abre a boca e fala de meu evangelho" Sim, estas palavrinhas pequenas muitas vezes são muito importantes na Bíblia. É como no Salmo 46: "Deus é nosso refúgio e fortaleza... portanto não temeremos". Você já sabe o segredo deste portanto? Poderá ser essencial para você e para os que Deus pôs a seu lado.

Fazer discípulos, batizando-os em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e ensinando o que Jesus ensinou: É esta a tarefa que Jesus dá aos seus discípulos. Uma tarefa baseada no "portanto" do qual falamos.

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